Em meio à pandemia da covid-19 uma das maiores crises enfrentadas pela humanidade em toda a sua história, integrantes de diversos segmentos se debruçam sobre o desafio da volta às aulas diante deste inimigo invisível ainda sem cura. O coronavírus caiu como uma bomba no setor da Educação, que teve todo o seu calendário comprometido após a paralisação total das atividades.
Agora, mais de 8 meses depois do primeiro paciente ter sido infectado em território Chinês, gestores de escolas de todo o planeta se preparam para o processo de retomada segura da rotina ensino enfrentando os inúmeros questionamentos levantados por toda a sociedade sobre a volta as aulas nesse período da pandemia.
No Brasil, os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul iniciam o processo de volta às aulas e da rotina escolar após o país enfrentar o pico da pandemia. Até que o retorno gradual das aulas nos 26 estados e no Distrito Federal seja finalizado, uma portaria assinada pelo Ministério da Educação autoriza a aplicação de aulas online até o final do ano de 2020.
É o momento ideal para a volta às aulas?
Segundo a ONU, o momento ideal para reabertura de escolas deve ser guiado pelo melhor interesse das crianças e por preocupações gerais de saúde pública, com base na avaliação dos riscos e benefícios e das evidências locais que podem variar de acordo com cada país, estado ou cidade.
Não existe fórmula pronta sobre o momento da reabertura. Dados regionais podem fazer a diferença entre uma retomada segura para certa localidade e um prazo maior para a suspensão das aulas em outra região que ainda não se recuperou dos estragos provocados pela covid-19.
Volta ás aulas das escolas ao redor do mundoNa França a reabertura aconteceu no dia 11 de maio, com o aval do governo francês. No entanto, algumas escolas tiveram de fechar temporariamente na semana seguinte, depois do surgimento de novos casos do coronavírus entre os membros do ambiente escolar.
No Reino Unido, o governo encontrou resistência quanto a volta às aulas. Cientistas e gestores escolares avaliavam a data de 1° de junho como precoce para a reabertura das escolas. Na época, o Reino Unido figurava entre os índices mais altos números de mortes por covid-19 no mundo.
Com a polêmica, algumas instituições britânicas se mantiveram fechadas contrariando a autorização do governo e, na Escócia, a volta às aulas é prevista para agosto, e mesmo assim em modelo híbrido — parte dos estudos em casa, e outra parte no ambiente escolar.
Em todos os países, a preocupação maior dos governos e dos gestores da área da Educação é com as novas normas de higiene para reduzir a chance de contágio, que possam levar a população a uma nova onda da covid-19, e consequentemente, outra suspensão das atividades escolares por causa dos altos números de contaminados e mortos pela doença ainda sem cura.
Mais quais cuidados são esses, além dos que já eram tomados, podem evitar o aparecimento de casos do novo coronavírus nas escolas?
Ainda sobre este tema, outra orientação importante na guia desenvolvida pelas equipes dos CDCs norte americanos é que escolas não estoquem materiais de limpeza em excesso, para evitar a escassez nas redes que abastecem o restante da população. Já a Organização das Nações Unidas desenvolveu um protocolo com outras recomendações para a comunidade escolar.
Os centros de controle de doenças dos Estados Unidos desenvolveram uma cartilha contendo orientações específicas de higiene: desde a diluição ideal para desinfetantes até recomendações para deixar as salas mais ventiladas, arejadas e com o máximo possível de exposição ao sol, o que segundo a comunidade científica, ajuda a matar o coronavírus.
De acordo com a cartilha da ONU, países e regiões devem definir regras de higiene que sejam claras e de fácil compreensão, que educadores que façam parte dos grupos de risco de contaminação da covid-19 sejam preservados do ambiente presencial, que exames escolares não essenciais sejam adiados e que a higiene pessoal ganhe posição de destaque neste período de pandemia.
Cuidados para evitar a proliferação do coronavírus no ambiente escolar
Com a volta às aulas, desde o mês de abril deste ano o governo japonês vem adotando uma série de medidas contra a covid-19, como:
1. A distribuição de 02 máscaras reutilizáveis de tecido (01 máscara no mês de abril e outra no mês de maio), para cada aluno e professor(a) do Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio, Escolas de Educação Especial e Escolas Superiores de Ensino Especializado de todo o país.
2. Entrega de máscaras reutilizáveis de tecido aos professores de Jardim-de-Infância.
3. Passar instruções claras aos professores sobre o enfrentamento da disseminação da Covid-19.
4. Reformulação no manual de instrução sobre educação da saúde e o material educativo voltado aos alunos dos ensinos Fundamentais I e II e Médio.
Com essas modificações as autoridades japonesas ligadas ao Ministério da Educação do país asiático pretendem oferecer melhorias nos ambientes das unidades de ensino tais como banheiros, para que assim, os alunos possam aprender e viver com tranquilidade, em um espaço adequado e sem novos riscos de contaminação.